Manaus, Amazonas – Quando a situação na Venezuela se tornou insustentável, Argelys Piñango e seu esposo tomaram uma das decisões mais difíceis de suas vidas: deixar o lar e sair em busca de um futuro melhor para seus filhos. “Tínhamos dois filhos, eu estava grávida e as coisas ficavam cada dia mais complicadas. Queríamos que nossos filhos tivessem oportunidades e um futuro com esperança”, recorda.
No início de 2024, a família chegou a Manaus, Brasil. Para Argelys, que já estava grávida de oito meses, o impacto foi grande. Um novo idioma, a falta de emprego e a urgência de preparar tudo para a chegada do bebê tornaram essa etapa ainda mais desafiadora. “Foi muito difícil, porque não estávamos em condições de adquirir tudo o que um recém-nascido precisa”, conta.
O encontro com a ADRA
Pouco tempo depois de chegar ao Brasil, a irmã de Argelys — que já vivia em Manaus — a levou até a ADRA. Lá, ela foi registrada no projeto Providência. E a ajuda chegou no momento exato:
“Meu bebê nasceu em um dia e, no outro, recebi a primeira recarga do cartão de alimentação do projeto Providência. Foi como uma bênção caída do céu. Senti que não estava sozinha, que podia alimentar meus filhos e suprir as necessidades do meu bebê recém-nascido”.
Além do apoio alimentar, Argelys encontrou na ADRA orientação sobre saúde, nutrição e acesso a outros serviços disponíveis para migrantes. “Gosto muito porque na ADRA também nos informam sobre outras ajudas que podemos receber no Brasil. Isso tem sido muito bom para mim e para tantas pessoas”, ressalta.
Novas oportunidades: seu primeiro emprego no Brasil
Por meio das Jornadas Sociais realizadas pela ADRA, que reúnem instituições públicas e humanitárias para aproximar serviços gratuitos de migrantes e refugiados-, Argelys encontrou uma oportunidade inimaginável.
Durante uma das jornadas, ela se aproximou de uma instituição parceira da ADRA, contou um pouco de sua história e preencheu um formulário. Poucos dias depois, recebeu uma ligação que mudaria sua vida: havia sido selecionada para um emprego.
“Não podia acreditar. Até hoje me parece um sonho. É a primeira vez que trabalho no Brasil e é desafiador por causa do idioma, mas nada é impossível”, conta Argelys. “Esse emprego é fundamental para mim e minha família, porque significa bem-estar para meus filhos”, acrescenta.
ADRA: um lugar seguro, de esperança e força
Hoje, Argelys trabalha, cuida de seus filhos e enquanto olha para o futuro com mais confiança, reconhece na ADRA mais do que uma instituição:
“A ADRA tem sido um lugar seguro, de força, de união, de apoio, compreensão e paz. Digo a todas as pessoas que sim, é possível, que aproveitem cada oportunidade. Na ADRA há fé e esperança”.
E com gratidão, compartilha seu desejo: “Quero que a ADRA continue ajudando muitas outras pessoas necessitadas, assim como fizeram comigo e com minha família”.
Shirley Rueda – Assessoria de Comunicação