No último domingo (09/07), os alunos atendidos pelo Sons de Esperança tiveram sua última apresentação antes do recesso, momento em que também receberam seus certificados de conclusão desse primeiro ano de projeto. Durante o evento, agradecimentos e muita emoção ao ver o desenvolvimento de cada criança e adolescente ao se apresentarem.
Edgar de Moraes Souza, aluno do projeto, explicou que para escolher o instrumento que ele gostaria de aprender, os professores tocavam, para mostrar os sons e ele se identificou com o clarinete, por fazer parte de um desenho animado infantil que gosta.
“O Sons de Esperança é bom, muito maravilhoso e um lugar legal”, disse Edgar, de apenas 09 anos.
A aluna, Kellyane Stefane, contou que conheceu o projeto pelo Instagram, achou interessante e resolveu fazer a inscrição.
“O projeto é muito bom, mudou várias coisas na minha vida. Eu sabia tocar um pouco de uma coisa e agora estou aprendendo a tocar mais uma coisa”, ressaltou a aluna.
“Eu me vejo, no futuro, como uma artista”, destacou Kellyane.
Um projeto que desenvolve
Samuel Helmo, coordenador do Sons de Esperança, ressaltou o sentimento de gratidão que tem ao ver o primeiro ciclo do projeto ser finalizado com tanto talento e crescimento das crianças.
“Atendemos mais de 100 crianças, que vieram aqui sem saber nada de música, mas tinham um sonho de aprender a tocar um instrumento e, hoje, a gente já consegue ver essa trajetória, esse crescimento, essa transformação”, detalhou o coordenador.
“Foi um processo, não apenas da música, mas humano mesmo. Muitos tinham dificuldade para compartilhar com outro, de conviver com outro e a música ajudou nisso. Hoje elas convivem melhor, tanto entre as crianças, como com os pais. A gente tem aqui um exemplo de superação musical e humana também”, destacou Samuel.
Jeconias Neto, líder da ADRA DF/GO, ressaltou a alegria que foi ver o desenvolvimento das crianças, adolescentes, dos beneficiários do projeto nesse primeiro ano. “E a interação deles com aquilo que nós acreditamos, os princípios que nós acreditamos como Adventistas do Sétimo Dia”, lembrou.
“Esse ano a gente viu crianças cantando, tocando, fazendo apresentações em vários lugares aqui em Brasília e em alguns eventos também. Mas o que nos chamou atenção é a quantidade de crianças que hoje faz parte do Clube de Desbravadores, que estão mais inseridos na realidade da igreja”, destacou Jeconias.
Ele explicou ainda que as famílias e os beneficiados pelo projeto conheceram a Igreja Adventista por meio da ADRA, que tem um princípio e um dever – levar à comunidade melhorias, desenvolvimento social, entre outras coisas.
“Mas a igreja também abraçou essas crianças, então isso foi uma alegria e a gente espera que, pro restante desse ano e próximo, a gente possa atender mais e mais crianças”, concluiu.
A deputada Federal, Paula Belmonte, esteve presente durante todo evento e ressaltou a necessidade de o país cuidar das crianças e famílias. “É importante dizer o tanto que as nossas crianças, adolescentes e jovens tem que ser visto em nosso país”, disse.
Ela explicou que fez uma live com o pastor Jeconias e, ao ouvir sua história, resolveu conhecer o projeto e, a partir daí, destinar emendas para o Sons de Esperança. “Eu gosto de dizer que, a Emenda Parlamentar é uma emenda da sociedade e quando nós encontramos pessoas sérias, responsáveis para fazer um trabalho de transformação a gente fica feliz, porque estamos devolvendo à sociedade esse dinheiro”, ressaltou.
“Estamos falando de uma população que tem uma situação de vulnerabilidade social, que muitas das vezes não tem acesso a esse tipo de instrumento e, hoje, a ADRA está transformando centenas de crianças, junto com as suas famílias. Porque quando você transforma uma criança, está transformando a família”, destacou a deputada.
“Eu fico muito honrada de estar aqui e quero continuar com essa parceria”, concluiu.
Música e oportunidades
Mais de 100 crianças e adolescentes são atendidos pelo Sons de Esperança, que faz parte da pasta de ações da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA DF/GO). O projeto começou em 2022 e já alcançou destaque entre projetos musicais para crianças em situação vulnerável.
Já foi apresentado, inclusive, no Encontro dos Empreendedores Adventistas do Brasil, o FE, que aconteceu esse ano, aqui em Brasília. A dedicação dos beneficiados pelo programa em aprender um instrumento, novas melodias e desenvolver a voz no canto coral encanta a todos.
A Esperança, apresentada no nome do projeto, é mais que uma palavra e um sentimento, ela é ação. Unida com a música, se torna a possibilidade de um novo futuro para cada um dos beneficiados e seus familiares.