Em Boa Vista – RR, 50 mulheres dão primeiro passo rumo ao sonho de estabelecer um negócio gastrônomico de sucesso

“Foi tudo muito lindo e bem organizado”, foi assim que a empreendedora Auribel Martinez, de 28 anos, descreveu a solenidade de abertura da segunda fase do projeto Mujeres Fuertes em Boa Vista, que aconteceu na última quarta-feira. Em continuidade ao trabalho iniciado com o lançamento do projeto em Boa Vista, em março deste ano, a segunda fase do ‘Mujeres Fuertes’ tem o objetivo de preparar mais 50 mulheres para o mundo do empreendedorismo.

As 50 mulheres selecionadas cumprem uma série de requisitos, entre eles, ser a única responsável pelo sustento familiar. A realização do ‘Mujeres Fuertes’ visa, além de incentivar o empreendedorismo feminino em Roraima, fomentar a geração de renda para essas mulheres, que podem encontrar diversas dificuldades na manutenção financeira de suas famílias. Nesta segunda fase o projeto Mujeres Fuertes traz como diferencial o atendimento às empreendedoras brasileiras, para além do público inicial de migrantes e refugiadas venezuelanas.

Na ocasião, as mulheres empreendedoras selecionadas receberam as boas-vindas da equipe, e conheceram a programação do projeto. “São seis meses de duração com uma assistência que a gente vai receber. Então fiquei curiosa para saber o que aconteceria nesses meses de projeto, o desenrolar, quais cursos, e fiquei mais interessada ainda quando eu vi que era voltado para a gastronomia, principalmente porque é a minha área”, relatou a empreendedora Ana Rafisa Lisboa, de 37 anos.

Ana já possui um negócio voltado para a venda de lanches por entrega, e diz que conheceu o projeto pelas redes sociais e se interessou logo de cara. “Eu achei muito interessante a forma como foi apresentado. Vi fotos e vídeos da primeira edição e fiquei encantada (…) quando fui selecionada, fiquei imensamente feliz. Fiquei feliz de terem acreditado no meu projeto e no trabalho que quero desenvolver”, conta Ana.

“Tô muito confiante que vai me trazer muito conhecimento para que eu possa administrar melhor meu delivery e consiga trabalhar de forma mais produtiva”, disse Ana Rafisa Lisboa.

Para impulsionar mulheres como Ana, que sonham com o sucesso do seu negócio, o ‘Mujeres Fuertes’ oferece, entre outras ações, capacitações técnicas na área de gastronomia e educação financeira. As participantes já se mostram ansiosas para participar dos próximos encontros.

Auribel Martinez, comanda um empreendimento de produção de salgados, que ela aprendeu a fazer no Brasil. “Minhas expectativas estão muito altas porque o projeto é muito bem organizado, os responsáveis pensaram em tudo (…) nosso próximo encontro será em breve, eu já estou aguardando esse dia”, ela explica.

Para muitas empreendedoras a jornada não é fácil, especialmente quando são as únicas responsáveis pelo sustento das suas famílias, por isso, o ‘Mujeres Fuertes’ também inclui em sua programação encontros de apoio psicossocial e empoderamento. Para Ana, esses encontros serão essenciais: “Como empreendedoras, muitas vezes nos sentimos abandonadas. Ter um ponto de apoio onde te dizem ‘você é importante’ ‘você consegue’ ‘você é capaz’, é de uma grandeza, não consigo nem explicar com palavras e até me emociono”.

Impactos da primeira fase do ‘Mujeres Fuertes’

Encerramento da primeira fase do ‘Mujeres Fuertes’ em Boa Vista – RR. Foto: Alexsandro Silva.

A primeira fase do projeto em Boa Vista encerrou em agosto com uma taxa de aproveitamento de 100%; as 50 mulheres selecionadas na etapa inicial, finalizaram a programação de seis meses. As empreendedoras relatam obter sucesso em seus negócios, e aumentar a renda da sua família.

Leia mais: Cinquenta mulheres refugiadas venezuelanas concluem primeira edição do ‘Mujeres Fuertes’, em Boa Vista

“Eu estou vendendo uma variedade de bolos, doces, entre outros. Agora estou no processo de registrar minha empresa, quero ser uma fornecedora e apoiar outras pessoas”, contou a empreendedora, formada na primeira fase do ‘Mujeres Fuertes’, Nancy Padron, de 58 anos. Foto: Alexsandro Silva.

Sobre o projeto

O projeto Mujeres Fuertes iniciou suas atividades em Manaus, coordenado pela Organização da Sociedade Civil (OSC) Hermanitos. Diante do sucesso, foi estendido para Boa Vista – RR, onde está sendo executado pela ADRA.

Os recursos financeiros são oriundos de multas de reversão trabalhista do Ministério Público do Trabalho (MPT), com apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), ONU Mulheres, Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT 11ª Região), e Operação Acolhida.

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