ADRA reafirma compromisso com refugiados no Dia Mundial do Refugiado

Ao todo, 143.033 pessoas já são reconhecidas pelo Brasil como refugiadas

Mais de 120 milhões de pessoas no mundo inteiro foram forçadas a deixar suas casas devido a perseguições, conflitos, violência e violações de direitos humanos. De acordo com a Agência da ONU para Refugiados (Acnur), esse número representa um aumento de 8% em comparação ao ano anterior. Se todas essas pessoas formassem um único país, ele seria o 12º mais populoso do mundo.

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Esse total é mais que o dobro do registrado há dez anos: em 2014, a Acnur contabilizava 59 milhões de pessoas nessa situação. No Brasil, o governo reconheceu 77.193 pessoas como refugiadas em 2023, o maior número da história do sistema de refúgio nacional, representando um aumento de 1.232,1% em relação a 2022. Ao todo, 143.033 pessoas já são reconhecidas pelo Brasil como refugiadas.

ADRA realiza projetos em vários países. (Foto: Divulgação)

Enquanto o mundo se prepara para observar o Dia Mundial do Refugiado em 20 de junho, a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) reafirma seu compromisso de chamar a atenção para os desafios enfrentados por milhões de famílias, mulheres e crianças forçadas a abandonar suas casas devido a conflitos, perseguições, violência e mudanças climáticas. A ADRA tem trabalhado para ajudar refugiados e famílias deslocadas internamente há mais de quatro décadas. A agência global destaca especialmente a situação dos mais de 43 milhões de crianças que estão deslocadas de suas casas, representando mais de 41% dos refugiados no mundo, segundo dados da ONU.

“Cada ação que tomamos tem um efeito duradouro nos refugiados e pessoas deslocadas que estão lutando para sobreviver, muitas vezes sem comida, moradia e oportunidades para ter sucesso. Não podemos ignorar sua angústia ou a falta de acesso às necessidades básicas. O Dia Mundial do Refugiado serve como um lembrete pungente para nos unirmos no fim de suas dificuldades e na melhoria das oportunidades de aprendizagem, particularmente para os jovens”, diz Michael Kruger, presidente da ADRA Internacional.

O líder ainda frisa que a instituição permanece comprometida em melhorar a vida de refugiados e crianças, famílias e indivíduos deslocados em todo o mundo. “Vamos honrar o Dia Mundial do Refugiado em nossas comunidades adventistas com dedicação à justiça, compaixão e amor para criar um futuro mais brilhante para todos, independentemente de sua origem ou circunstâncias.”

Iniciativas Educacionais da ADRA para Crianças Refugiadas

Ações beneficiam milhares de refugiados. (Foto: Divulgação)

Peru: Centros de tutoria, tecnologia e aprendizado de recuperação foram estabelecidos, beneficiando mais de 1.300 crianças migrantes, refugiadas e da comunidade anfitriã. Esses centros ajudam a melhorar as habilidades de comunicação dos alunos.

Bulgária: A ADRA fez parceria com a UNICEF para lançar o projeto “Asas para Nossas Crianças”. Esta iniciativa oferece atividades educativas e de aprendizado para estudantes refugiados ucranianos em pelo menos 17 centros de acolhimento. Serviços móveis de aprendizagem também estão disponíveis para crianças refugiadas em áreas remotas, com cerca de 1.200 alunos atualmente matriculados.

Mali: Salas de aula foram construídas ou reformadas para oferecer ambientes educacionais seguros para cerca de 1.400 alunos deslocados. Esses alunos recebem kits de material escolar, água potável e recursos de higiene.

Romênia: A ADRA lançou o projeto abrangente “Esperança para a Ucrânia” para apoiar mais de 500.000 refugiados em postos fronteiriços e ajudar aqueles na Romênia, Moldávia e pessoas deslocadas internamente na Ucrânia. Esforços humanitários incluem a integração de estudantes refugiados no sistema educacional romeno.

Moldávia: A ADRA iniciou atividades extracurriculares para crianças deslocadas pela guerra na Ucrânia.

Eslovênia: A ADRA oferece atividades educacionais para famílias e indivíduos deslocados.

A ADRA também apoia famílias deslocadas em mais de 40 nações, incluindo Síria, Brasil, Colômbia, Iêmen, Bangladesh, Sudão do Sul, Afeganistão e Uganda, através de vários projetos, incluindo alimentação de emergência, abrigo, educação e desenvolvimento.

Ações da ADRA no Brasil

Projeto CARE no Amazonas, visa melhorar as condições de vida de refugiados venezuelanos. (Foto: Divulgação)

No Brasil, a ADRA também desempenha um papel crucial no apoio aos refugiados. A ADRA Brasil tem se dedicado a iniciativas específicas, como o Projeto CARE no Amazonas, que visa melhorar as condições de vida de refugiados venezuelanos através de serviços de saúde, educação e integração social. Este projeto destaca a importância da assistência contínua e do apoio às comunidades deslocadas, garantindo que tenham acesso a recursos essenciais para reconstruir suas vidas.

O vice-presidente para assuntos humanitários da ADRA Internacional, Imad Madanat, faz apelo aos doadores e voluntários para que apoiem o trabalho da agência Adventista para garantir que a educação permaneça uma prioridade na resposta humanitária e na assistência à recuperação para proteger as crianças em movimento.

“Oferecemos educação em emergências e apoio psicossocial a crianças em movimento porque, em uma crise humanitária, as crianças sofrem não apenas a perda de suas casas e entes queridos, mas também o acesso à educação e à segurança que as escolas proporcionam contra abusos, exploração e recrutamento por gangues de rua ou outros grupos que oferecem uma falsa sensação de segurança”, frisa Imad Madanat.

História do Dia Mundial do Refugiado

As Nações Unidas designaram 20 de junho como o Dia Mundial do Refugiado em 2000 para marcar o 50º aniversário da Convenção sobre Refugiados de 1951. A Igreja Adventista do Sétimo Dia também estabeleceu o Sábado Mundial do Refugiado em 2016, observado no sábado anterior ao Dia Mundial do Refugiado, para encorajar a comunidade de fé a apoiar famílias refugiadas e aumentar a conscientização pública sobre suas dificuldades.

Fatos Rápidos

Ações em diversos segmentos auxiliam refugiados pelo mundo todo. (Foto: Divulgação)

– Refugiados são pessoas que foram forçadas a deixar seu país de origem devido a perseguição, guerra ou violência.
– DPIs, ou pessoas deslocadas internamente, são pessoas que deixam suas casas devido a perseguição, guerra ou violência, mas permanecem dentro de seu próprio país.
– Solicitantes de asilo são pessoas que buscam proteção internacional, mas cujo status de refugiado ainda não foi determinado.
– 117 milhões de refugiados (pessoas deslocadas e apátridas).
– 61,2 milhões de DPIs. (*Estimativas do ACNUR.)
– 5,6 milhões de solicitantes de asilo.
– 72% dos refugiados vêm da Síria, Venezuela, Ucrânia, Afeganistão e Sudão do Sul.
– 41% da população global de refugiados são crianças. (*Dados do ACNUR.)

Para mais informações, visite o site da ADRA Brasil e saiba como você pode ajudar a fazer a diferença na vida de refugiados e pessoas deslocadas.

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