A ADRA Brasil teve presença destacada durante o evento de lançamento da Análise de Necessidades de Refugiados e Migrantes 2023 (RMNA 2023), ocorrido no dia 12 de setembro, na Cidade do Panamá. O evento, promovido pela Plataforma R4V, visava discutir a crise migratória venezuelana nos 17 países que compõem a plataforma, incluindo o Brasil.
Isabella França, Coordenadora de Emergências da ADRA Brasil, representou a organização como porta-voz das Organizações da Sociedade Civil parceiras da plataforma no Brasil. Ela participou de um painel dedicado ao Brasil, ao lado de Cinthia Barros, Coordenadora de Emergências do MDS, que representou o governo brasileiro, e de Porter Illi, Coordenador Regional Adjunto para Refugiados do PRM, representando a Comunidade Internacional de Doadores. Juntos, destacaram as práticas exemplares da resposta brasileira à crise da migração venezuelana e as principais necessidades dessa população no país.
França declarou: “No Brasil, temos recebido investimentos significativos que têm sido aportados de maneira eficaz nessa resposta. A relação entre os entes envolvidos tem sido positiva, possibilitando parcerias que aumentam significativamente a capacidade dos recursos disponíveis de atender às demandas mais urgentes da população afetada”.
A ADRA Brasil é um ator crucial nesta resposta, atuando em setores como segurança alimentar, integração e WASH (água, saneamento e higiene). Além disso, a organização co-lidera o setor de WASH em parceria com a UNICEF.
O evento abordou as principais necessidades e boas práticas da resposta à migração venezuelana nos países da região. A ADRA Brasil, ao longo dos anos, tem sido ativa na resposta à crise migratória em diversos países e destaca a contínua aprendizagem e adaptação como prioridade, considerando os desafios da emergência prolongada.
A Coordenadora de Emergências salientou a importância da interiorização no Brasil, um projeto que visa distribuir a população refugiada e migrante venezuelana por diferentes regiões do país, aproveitando seu vasto território. Ela também chamou a atenção para os desafios constantes relacionados à segurança alimentar e ao acesso a serviços básicos, como saneamento e saúde.
Ao finalizar sua participação, Isabella França ressaltou: “As organizações da sociedade civil do Brasil aqui representadas estão comprometidas com a continuidade da resposta e colocam à disposição suas capacidades e conhecimentos para garantir a continuidade da resposta brasileira de forma eficaz”.