Trabalhadores do escritório sul-americano da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas famílias participaram, ontem (17), do projeto “Amor que Move”, uma iniciativa em parceria com a ADRA Brasil, na comunidade Sol Nascente, localizada a 35 km do Distrito Federal.
Sol Nascente tornou-se recentemente a maior favela do Brasil, ultrapassando a Rocinha, no Rio de Janeiro, em número de domicílios, conforme dados emitidos pelas autoridades no final de 2022. Ao tomar conhecimento da situação, a equipe da ADRA, escritório nacional, decidiu intervir. O que iniciou como uma simples ideia cresceu, beneficiando 140 pessoas com atendimentos variados e outras 259 com a doação de vouchers de alimentação.
Fábio Salles, diretor nacional da agência humanitária adventista, enfatiza a necessidade de um planejamento detalhado para a ação. “Nossos colegas do escritório acompanharam cada etapa desse evento, desde a visita ao local, mapeamento das necessidades, organização dos atendimentos a serem oferecidos, logística, seleção de beneficiários, até o treinamento para voluntários. Assim, puderam compreender e vivenciar o trabalho organizado da ADRA”, explica.
Amor que Move
O nome do projeto reflete o desejo de transformar amor em ação, conectando-se com a comunidade adventista local em prol dos necessitados do Sol Nascente. Para o Pr. Luís Mário Pinto, Assistente de Presidência dos Adventistas na América do Sul, há uma motivação ainda maior. “Precisamos aproximar os servidores da realidade da igreja, lembrando-os das distintas realidades das pessoas com as quais trabalham. Projetos assim reavivam o desejo de servir na causa de Cristo. Esperamos que outros escritórios se inspirem e colaborem com a ADRA local”, destaca.
A primeira edição do “Amor que Move” mobilizou quase 100 voluntários, que doaram tempo e recursos, totalizando 452 atendimentos – entre saúde, assistência psicossocial, orientação jurídica, entre outros –, além da distribuição de vouchers, kits escolares, brinquedos e marmitas para os moradores.
A parceria com a ADRA
Mara Ramos, servidora há 3 anos, afirma que ajudar na organização do evento foi uma experiência enriquecedora. “Aprendemos muito, especialmente durante o treinamento de voluntários. Fomos bem instruídos sobre o cronograma, a divisão de equipes e suas lideranças, facilitando nosso trabalho”, conta.
Cláudia, mãe de sete crianças e uma das beneficiadas pelo projeto, agradece a ajuda recebida. “Isso ajudará a comprar comida para o restante do mês. Agradeço a todos os doadores e espero que voltem. Precisamos de vocês”, conclui emocionada.