Iniciativa em Pouso Alegre já atendeu cerca de 600 pessoas, entre crianças e gestantes, por meio de ações voltadas ao desenvolvimento na primeira infância
No dia 11 de julho, o mundo celebra o Dia Mundial da População, data criada pela ONU para chamar a atenção para os desafios do crescimento populacional e seu impacto sobre pobreza, saúde, educação e desenvolvimento social. Segundo dados das Nações Unidas, mais de 385 milhões de crianças vivem na pobreza extrema — e mais de 32 milhões, apenas no Brasil, enfrentam algum tipo de vulnerabilidade.

Empresas se unem ao projeto patrocinando ações. (Foto: Divulgação)
Em meio a esse cenário, uma iniciativa em Minas Gerais mostra como o cuidado com a primeira infância pode transformar histórias. Em Pouso Alegre, o Programa Criança Feliz, executado pela Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), tem feito a diferença na vida de centenas de famílias.
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Com mais de 600 pessoas atendidas — sendo 536 crianças e 64 gestantes, o programa se baseia em visitas domiciliares semanais que orientam as famílias sobre práticas de cuidado, saúde, educação e proteção na primeira infância. “Nosso objetivo é garantir que essas crianças tenham uma base sólida para crescer com saúde, proteção e dignidade”, explica Adriana Souza, coordenadora local do programa.
Mas o impacto vai além dos números. A história de Lorena, uma menina diagnosticada com osteogênese imperfeita, conhecida como ossos de vidro, ilustra o alcance humano do projeto. Graças a uma parceria com o Instituto Felippo Smaldone, o programa garantiu a ela o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar. Hoje, aos 3 anos, Lorena segue se desenvolvendo com qualidade de vida e apoio contínuo. “Ela é símbolo do impacto que o cuidado pode ter na vida de uma criança”, diz Adriana.

Entre as atividades estão: grupos de gestantes, oficinas de dança materna, empreendedorismo e roda de conversa. (Foto: Ascom)
Apesar dos resultados, os desafios persistem. “Muitas famílias ainda não compreendem a importância dos primeiros anos de vida para o futuro das crianças”, conta a coordenadora. A resistência inicial, no entanto, costuma ceder espaço ao vínculo construído com os visitadores — profissionais treinados que se tornam figuras de confiança e suporte constante.
A atuação da ADRA no programa, em parceria com o governo federal e prefeituras, é exemplo de como políticas públicas e organizações sociais podem caminhar juntas por um futuro melhor. “A ADRA oferece não só estrutura, mas também acolhimento. Promovemos desenvolvimento humano com dignidade e propósito”, conclui Adriana.