ADRA celebra Dia Mundial Humanitário

Agência humanitária Adventista tem em seu quadro de colaboradores pessoas comprometidas a ajudar o próximo.

 

A Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais, ADRA, é formada por centenas de trabalhadores humanitários comprometidos todos os dias em proteger, amparar e ajudar pessoas que foram impactadas por desastres naturais, guerras, conflitos entre outras calamidades.

E por causa de pessoas assim é que foi criado o Dia Mundial Humanitário, celebrado em 19 de agosto, em memória aos trabalhadores humanitários vítimas de um atentado à sede da ONU no Iraque, em 2003.

Nos últimos 12 meses, o trabalho da ADRA foi marcado por diversas catástrofes naturais, como as fortes chuvas que atingiram Petrópolis, no Rio de Janeiro, que vitimaram mais de 230 pessoas; as chuvas que atingiram Alagoas, Bahia, além da guerra na Ucrânia, a crescente migração de venezuelanos em Roraima entre tantas outras atuações da agência.

O brasileiro Paulo Lopes, que hoje é líder da ADRA para toda a América do Sul, é um dos trabalhadores humanitários que por mais de 20 anos segue na linha de frente de emergências humanitárias em todo o mundo. Em seus anos de trabalho na agência adventista, Paulo, junto à sua família, dedicou parte de sua vida para ajudar pessoas que fugiram de guerras e conflitos em diversos países, como Angola, Moçambique, Armênia, Rússia e Índia. Seu legado continua firme, cultivando amor, compaixão e justiça para todos, em busca de um mundo mais justo e igualitário.

Nesta data especial, Dia Mundial Humanitário, mais do que nunca, a ADRA se orgulha e celebra junto aos trabalhadores que seguem atuando na linha de frente de emergências no mundo todo.

A seguir, conheça um pouco mais da história do líder da ADRA, Paulo Lopes, e de alguns heróis e heroínas – trabalhadores humanitários da ADRA – que estão na linha de frente das principais ações no Brasil e no mundo.

PAULO LOPES

Paulo Lopes é líder da ADRA para toda a América do Sul.

“Minha trajetória como trabalhador humanitário começou em 1992, quando recebi um convite para trabalhar com a ADRA na Angola. Foram dias muito difíceis. Assim que cheguei no país, começou uma guerra civil sangrenta que ceifou a vida de dezenas de milhares de pessoas.

Na foto, Paulo está em uma missão no Kurdistão, Iraque, em 2017.

“Costumo dizer que a Angola foi meu batismo de fogo, juntamente com minha família. Foi lá também que encontrei minha missão de vida: o trabalho humanitário. Foi uma experiência tremenda e um aprendizado que marcou minha vida para sempre, além de me impulsar para mergulhar no fascinante e, muitas vezes, arriscado mundo do trabalho humanitário.

“Depois de Angola veio Moçambique, onde servimos por mais de seis anos. Lá meu fascínio pela causa humanitária cresceu e se consolidou. Depois veio um curto período na Armênia, seguido de um intervalo de quatro anos na Rússia, quando deixei o setor humanitário para servir em outra área. Foram anos desafiadores, principalmente porque meu desejo era voltar o mais rápido possível para o setor humanitário, minha grande paixão. Esse dia chegou em 2005, com um convite irrecusável para trabalhar com a ADRA na Índia, onde servimos por cinco anos.

“Finalmente, depois de 18 longos anos, em 2010, recebemos um convite para voltar ao Brasil e fui chamado para ser o primeiro diretor da ADRA Brasil, função que exerci até o final de 2014. Em novembro daquele ano o desafio se ampliou quando fui nomeado para ser o diretor regional da ADRA da Divisão Sul-Americana, cobrindo oito países (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai), função que ocupo até o momento.

“Além das atividades administrativas gerais que exerci durante todos esses anos no setor humanitário, gostaria de destacar algumas missões humanitárias que marcaram minha trajetória, nas quais estive envolvido diretamente:

– Guerra civil de Angola, em 1992/1993;
– Tsunami da Ásia de 2004 (Índia);
– Tufão Yolanda nas Filipinas, em 2013;
– Terremoto do Equador, em 2016;
– Explosão no Porto de Beirute, Líbano, em 2020.

Atendendo uma emergência do Terremoto que aconteceu no Equador, 2016.

“É difícil destacar uma única experiência que nos marcou durante todos esses anos. Eu creio que o trabalho humanitário, de forma geral, nos marcou profundamente.

“A razão é que não existe nada mais gratificante do que aliviar o sofrimento das pessoas, principalmente nos momentos mais críticos, como acontece durante as crises humanitárias, como guerras, migrações forçadas e desastres naturais. O trabalho humanitário é difícil, arriscado, mas muito gratificante, pois envolve um misto de impotência, muitas vezes, frente às necessidades, mas também uma grande satisfação quando você consegue salvar vidas e aliviar o sofrimento de pessoas desconhecidas.

“Minha mensagem especial a todos os trabalhadores humanitários nesse dia especial é que vocês são verdadeiros heróis. Na maioria das vezes anônimos, mas heróis de verdade. Portanto, quero deixar uma palavra de reconhecimento e gratidão, além de um desafio: ‘E não nos cansemos de fazer o bem…’ (Gálatas 6:9).”

FÁBIO SALLES

Atualmente diretor da ADRA para todo o Brasil, Fábio Salles começou sua carreira na área humanitária em 2011, quando foi convidado para assumir a direção da ADRA no estado do Rio de Janeiro.

“Comecei em janeiro deste ano e logo tivemos a maior tragédia da região serrana, com 918 mortos e 100 desaparecidos em enchentes e deslizamentos de terra. Durante seis meses atendi essa região com vários projetos. Foi uma experiência marcante, cuidar de tantas famílias desoladas, mas Deus nos abençoou”, relembra Salles.

Já em 2013, o líder mudou para o Espírito Santo para dirigir a agência naquele Estado. “Um desafio enorme, projetos na área de assistência e saúde, foram cinco anos de muito trabalho, com dezenas de projetos assistindo população de rua, pessoas com deficiência mental, crianças com seus direitos rompidos”, salienta, afirmando que foram milhares de atendimentos anuais.

“Mas a felicidade de trabalhar nessa área é indescritível. O senso de missão cumprida, o sorriso das pessoas e a gratidão no coração nos dá ânimo”, garante.

Em 2017, Salles foi escolhido para cuidar do escritório nacional da ADRA. “O desafio continua, responsabilidades maiores, mas Deus no comando, e hoje temos 14 escritórios regionais e a ADRA tem sido muito relevante em nosso país. São 132 projetos sendo executados nesse momento, com centenas de vidas transformadas, deixando nossa marca a nossos assistidos com justiça, compaixão e amor”, conclui o diretor nacional da ADRA.

Assim como Fábio e Paulo, mesmo diante de desafios sem precedentes, trabalhadores humanitários seguem na linha de frente de emergências em todo o mundo.

Uma carreta Solidária 

O caminhão adaptado tem aproximadamente 45 metros quadrados de área útil.

A ADRA mantém diversos projetos de assistência social. Um deles é o da Carreta Solidária, uma unidade móvel que percorre todo o Brasil em tempos de calamidades.

Entre os serviços especiais oferecidos gratuitamente pela carreta, estão a lavagem e secagem de roupas e distribuição de refeições, além de outros serviços que garantem atendimento básico para aqueles que foram afetados por desastres naturais ou vivem em regiões carentes, seja através de alimento, higiene e/ou assistência psicossocial.

O caminhão adaptado tem aproximadamente 45 metros quadrados de área útil e está dividido em três compartimentos que visam atender às principais necessidades da população afetada. O primeiro é usado para o preparo de alimentação quente, com capacidade para até 1.500 refeições por turno. O segundo é destinado para a lavagem e secagem de roupas, com capacidade de entregar até 360 quilos de roupa limpa por dia. O terceiro serve para a realização de apoio psicológico.

Centenas de voluntários também auxiliam na ajuda humanitária.

De acordo com a coordenadora da unidade móvel, Cristiane Maximiano, a carreta atendeu vítimas de tragédias, como a de Brumadinho, em Minas Gerais, além de vítimas dos deslizamentos de terra em São Paulo, Petrópolis e prestou apoio no combate ao coronavírus. “Uma das experiências que mais me marcou foi o atendimento que fizemos em Brumadinho. Devido ao tamanho do desastre e a mobilização de voluntariado, eu vivi uma experiência que mudou a minha maneira de pensar e sentir”, relembra Cristiane, emocionada.

Centenas de voluntários também auxiliam na ajuda humanitária, fornecendo alimentação, higienização de roupas, atendimento psicossocial e espiritual para as pessoas atingidas em situações de emergência ou vulnerabilidade social.

Para conhecer os projetos da ADRA e saber como colaborar, visite o site adra.org.br.

 

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