Em Roraima, a ADRA impulsiona o empreendedorismo entre venezuelanas

As migrantes empreendedoras do projeto “Mujeres Fuertes” receberam utensílios de cozinha e incentivo financeiro para implementação de seus negócios em uma cerimônia emocionante realizada no último dia 30 (sexta-feira), no auditório do SICREDI, em Boa Vista – RR. A solenidade contou com a presença dos representantes da OSC Hermanitos, ONU Mulheres, ACNUR, ADRA e SICREDI.

Foram distribuídos kit’s culinários equipados com panelas, formas, batedeiras, liquidificadores, fogões e gás de cozinha. Os kit’s foram personalizados conforme as necessidades e ramo de atuação de cada uma, na área da gastronomia. As mulheres receberam também um cartão de benefício financeiro, por intermédio do ACNUR, para investir no empreendimento. Esta ação é um prosseguimento das atividades do projeto que prevê a capacitação profissional, empoderamento e incentivo para que as mulheres participantes possam se estabelecer financeiramente no Brasil.

Nos últimos meses as 50 mulheres empreendedoras já participaram de oficinas sobre educação financeira, reuniões de apoio psicossocial, entre outras atividades. Recentemente, elas concluíram um curso na área gastronômica, e de habilidades para desenvolvimento pessoal (soft skills), pelo SENAI. A ONU Mulheres também realiza um intenso trabalho de fortalecimento e empoderamento com o público do projeto.

Saiba mais sobre o “Mujeres Fuertes”

De volta às raízes

Lágrimas de emoção e sorrisos calorosos esboçados pela plateia marcaram o evento. Com as apresentações culturais e belas palavras dos representantes de cada uma das insituições essenciais para o desenvolvimento do “Mujeres Fuertes” sobre a força feminina, as mulheres contempladas não conseguiram se conter.

A bailarina María Gabriela Villalba, apresentou uma dança típica venezuelana, ao som de uma canção emocionante que retrata os desafios enfrentados pelos migrantes venezuelanos.  “A ideia da apresentação foi da coordenadora do projeto. A apresentação foi uma dança que temos, conhecida como dança nacionalista (…) Essa apresentação foi uma dança teatral representando o que a maioria das pessoas migrantes enfrentam. A música falou bastante sobre os sentimentos que temos após deixarmos nossas cidades”, explica María Gabriela, que também é Assistente de Gestão de Projetos na ADRA Roraima.

Recomeço

Lisbeth Reyes, beneficiária do “Mujeres Fuertes”, é uma empreendedora que vende salgados, empanadas e outras comidas típicas venezuelanas. A cozinheira de mãos cheias (como ela mesma se define) já atuava no ramo gastronômico na Venezuela, e quando migrou não pôde trazer seus equipamentos. Para ela, receber o kit de utensílios é um incentivo para recomeçar sua história no Brasil.

“Estou agradecida à ADRA, Hermanitos, e a todas as organizações que tem amão à nós, mulheres migrantes. Estou agradecida principalmente porque nós temos avançado. Pessoalmente eu não tinha nada, e agora estou ganhando muitos equipamentos, como embalagens para a minha venda de empanadas, assim como o incentivo financeiro, para empreender neste projeto” [Lisbeth Reyes, beneficiária do projeto Mujeres Fuertes]

Para as mulheres migrantes venezuelanas que participam das atividades do “Mujeres Fuertes”, a rede de apoio construída entre elas e as instituições envolvidas é essencial para impulsionar a valorização feminina. Lisbeth diz se sentir muito orgulhosa de poder participar deste projeto, e de uma cerimônia tão significativa como a entrega dos kits culinários: “para mim esse momento é de muito orgulho, pois me faz reconhecer meu valor como mulher e seguir avançando como empreendedora”, disse.

Veja fotos do evento:

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