ADRA Bahia promove campanha de conscientização sobre violência contra mulheres

No ranking nacional, o estado da Bahia aparece em terceiro lugar, atrás apenas de São Paulo (898) e Rio de Janeiro (545) com relação a violência contra mulher.

O Brasil registrou 2.423 casos de violência contra a mulher no ano passado, sendo 495 deles feminicídios. A cada quatro horas, ao menos uma mulher é vítima de violência, e a cada 24 horas, um caso de feminicídio é monitorado. No Nordeste, a Bahia é o estado com o maior número de feminicídios (91).

Os dados são provenientes da Rede de Observatórios de Segurança e destacam o aumento da violência contra a mulher no Brasil, tornando urgente a adoção de políticas públicas e a mobilização da sociedade civil para prevenir a violência e preservar vidas.

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Nesse sentido, em alusão ao “Agosto Lilás”, no dia 20 de agosto, pessoas em situação de rua das três Unidades Institucionais de Acolhimento da Prefeitura de Salvador, coordenadas pela Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), em parceria com a Guarda Civil Municipal (GCM), promoveram uma caminhada para chamar a atenção da sociedade sobre o combate à violência contra a mulher.

 

Cerca de 40 assistidos das UAIs participaram da ação. (Foto: Reprodução)

A caminhada teve início no Dique do Tororó, em Salvador, Bahia. Os participantes caminharam com cartazes e faixas que visavam conscientizar a população sobre a necessidade de pôr fim à violência contra as mulheres, seja ela física, sexual, psicológica, moral ou patrimonial. Os serviços oferecidos durante a ação buscam sensibilizar para o uso do Ligue 180, serviço público e gratuito do Governo Federal que fornece informações e orientações sobre direitos e serviços da rede de atendimento às mulheres em situação de violência, acolhendo e encaminhando denúncias.

De acordo com Daciane Andrade, coordenadora da Unidade Barbalho II na capital baiana, a demanda se apresenta enorme. “Há sempre a necessidade de acolhimento, seja devido à vulnerabilidade social ou à alta médica, como ocorre com pessoas que se encontram internadas e não possuem um local para retornar”. As demandas abrangem uma ampla gama de situações.

Segundo Andrade, considerando os alarmantes dados de violência contra a mulher, é necessário sair às ruas para combater tal violência. ‘É fundamental incentivarmos as mulheres a não se calarem e a denunciarem’, comentou.

Ao longo do mês de agosto, as três unidades em questão dedicaram-se à temática, abordando diferentes formas de violência e explicando dúvidas quanto ao acesso aos serviços que podem prover auxílio em tais situações. A participação dos acolhidos na prévia confecção de cartazes, utilizados durante a caminhada, reforça o apoio à causa.

“Iniciativas como essas revestem-se de grande importância, uma vez que a maioria das mulheres acolhidas passou ou ainda passa por múltiplas situações de violência; falar abertamente sobre o assunto configura-se como um meio de empoderamento para essas mulheres”, concluiu.

Cerca de 40 assistidos das três unidades de acolhimento participaram do ato, demonstrando solidariedade e comprometimento com a causa.

Para Leonardo Mendes, diretor regional da ADRA na Bahia e em Sergipe, a ADRA busca sempre se envolver em projetos desta importância para conscientizar a comunidade do seu papel. “As pessoas que estão envolvidas no serviço que prestamos, hoje em parceria com o município de Salvador, são indivíduos que, devido a abandono, maus-tratos ou violência, buscam acolhimento em nossos serviços. Nesse contexto, sem dúvida, esta é uma das marcas que deixamos no âmbito do serviço que oferecemos. Não podemos admitir questões relacionadas a esse assunto. Trata-se de um dos pilares da atuação da ADRA no que se refere à violência e ao cuidado com a mulher”, afirmou.

 

Veja fotos da ação:

 

 

Confira a matéria que foi ao ar no Jornal da Manhã da afiliada da TV Globo na Bahia

 

Quase 25 mil casos de violência contra a mulher

 

 

 

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