Projeto resgata autoestima e dignidade de acolhidos, promovendo inclusão e autocuidado
A Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), em parceria com a Prefeitura de Vitória, ES, implementou o “Lar Belas”, um espaço de beleza no Abrigo para Pessoas em Situação de Rua III, localizado na Ilha de Santa Maria, na capital capixaba. A iniciativa visa promover o autocuidado, melhorar a autoimagem e resgatar a autoestima das mulheres acolhidas, contribuindo para a inclusão social do grupo.
O projeto se alinha ao espírito do mês de dezembro, marcado pelo Dia Internacional da Solidariedade Humana (20), que destaca a importância de iniciativas voltadas para a justiça social e a inclusão.
Lar Belas

Grupo recebeu carinho e cuidado das voluntárias. (Foto: Divulgação)
O “Lar Belas” oferece serviços como hidratação capilar, tintura de cabelo, manicure e esmaltação das unhas. O espaço também será utilizado para atender outras necessidades das beneficiárias, como depilação e selagem, realizadas por profissionais voluntários da área.
De acordo com a coordenadora do abrigo, Michela Damasceno, a parceria com a ADRA foi essencial para que a iniciativa se tornasse realidade. “Foi através da captação de doações que esse espaço foi implementado. Estamos colocando em prática os valores da ADRA: servir a humanidade com justiça, compaixão e amor, para que todos possam viver conforme Deus planejou,” destaca Michela.
A coordenadora salienta que esses serviços impactam diretamente a maneira como as beneficiárias se enxergam e se sentem. “Os atendimentos refletem na satisfação com a aparência, ajudando na valorização própria e na autoaceitação, algo essencial diante dos desafios de exclusão impostos pela sociedade,” explicou.
Além disso, o espaço resolve desafios práticos enfrentados pelas beneficiárias, como limitações para realizar a higienização pessoal. “O lavatório do salão facilitou o cuidado com os cabelos, trazendo mais conforto e dignidade para essas mulheres,” acrescentou Michela.
Histórias de impacto

Flávia Fernandes da Silva, de 44 anos, que está no abrigo há cerca de duas décadas, foi um das beneficiadas. (Foto: Divulgação)
Uma das acolhidas, Flávia Fernandes da Silva, de 44 anos, que está no abrigo há cerca de duas décadas, compartilhou sua experiência com o espaço. Flávia lida com fobia social severa, mas encontrou no salão um local onde pode se cuidar sem sofrimento.
“Foi a melhor coisa que fizeram aqui. Eu tenho fobia social, fico muito nervosa perto de muitas pessoas. No salão, consigo me cuidar sem passar mal. Eu amei demais,” conclui Flávia, emocionada.