No Brasil, agência adventista mantém 132 projetos e atua em prol de causas que melhoram a vida das pessoas
Celebramos hoje, 5 de dezembro, o Dia Internacional do Voluntário. A data é uma forma de incentivar e valorizar o serviço voluntário ao redor do mundo e foi instituída em 1985 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Só no Brasil, mais de 57 milhões de pessoas dedicam parte de seu tempo para prestar algum tipo de voluntariado.
No Brasil, a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) está entre as mais atuantes e mantém mais de 132 projetos espalhados pelo país.
Um deles é o ADRA Connections, que conta com mais de quatro mil voluntários que fazem parte da rede “Connections”, espalhados em sete países que compõem a rede ADRA na América do Sul. São eles: Argentina, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai. Dentro deste grupo estão pessoas que doam tempo, energia e talento em prol de causas que acreditam e impactam positivamente a vida de milhares de pessoas.
Voluntários conectados
De acordo com o coordenador do projeto, Javier Catalán, o programa foi criado com o objetivo de organizar diferentes modalidades de voluntariado que podem proporcionar experiências diversas e únicas por meio do serviço de voluntários nos países onde a ADRA está presente. “Nossa missão é primeiramente treinar voluntários em assuntos relacionados ao setor humanitário, para que eles possam oferecer um serviço responsável e qualificado para cada área de intervenção de nossa agência”, explica.
Javier conta que o programa oferece oportunidades de voluntariado acessíveis, práticas e bem estruturadas, com o objetivo de dar sustentabilidade ao trabalho que o voluntário realiza.
Além disso, o programa procura conectar voluntários com novas pessoas que compartilham sua visão de ajudar aqueles que mais precisam. “Finalmente, a ADRA Connections permite aos voluntários experimentar a missão da ADRA, que é ‘servir à humanidade para que todos possam viver como Deus planejou’”, explana Catalán.
Opções para todos
A iniciativa da Agência Adventista oferece quatro opções aos voluntários. Entre elas, um programa local focado em ações sociais que atendam às necessidades locais, tais como: alimentação para pessoas em situação de rua, saúde comunitária, oficinas de treinamento em comunidades vulneráveis, entre outros.
Outra modalidade é a de Emergências, onde o trabalho de apoio é realizado em resposta às emergências no país ou região, como as fortes chuvas que atingem Santa Catarina.
Já o Connection Trips são viagens entre dez e 15 dias que reúnem um grupo de voluntários para pequenas tarefas em comunidades de difícil acesso, permitindo ao voluntário conectar-se com novos lugares, culturas e pessoas.
E para aqueles que desejam viver uma experiência completa, a ADRA oferece um programa ampliado, que consiste em trabalhar individualmente por seis meses ou mais nos escritórios ou projetos da ADRA na região e no mundo inteiro.
O médico cardiologista intensivista Klaus Kleuser é um dos voluntários da ADRA Brasil. Ele e um grupo de amigos formado por médicos, dentistas e enfermeiros se uniram em um único objetivo: apoiar a força-tarefa de logística humanitária na resposta à crise migratória no norte de Roraima, fronteira com a Venezuela.
Fronteira
Em pé, na linha divisória do Brasil com a Venezuela, o médico cardiologista avistava dezenas de migrantes venezuelanos em direção ao território brasileiro. Com a fronteira fechada, a alternativa era o campo. O olhar do médico se fixou num grupo que carregava malas improvisadas, colchões e poucos pertences. Entre os andarilhos, pessoas com deficiência, idosos e crianças expostas à insalubridade e ao perigo da difícil travessia.
Quando o grupo cruzou para o Brasil, um batalhão do Exército Brasileiro o aguardava do outro lado, distribuídos numa cerca imaginária. Por alguns instantes, aflito, o médico prendeu a respiração, observando o que iria acontecer. “Para minha surpresa, o batalhão do exército conduziu o grupo para debaixo de um toldo, para que não tomasse sol, e pegaram as identificações das pessoas. O grupo recebeu alimentação, tomou vacinas, medicações e foi encaminhado para alojamentos. Isso me tocou muito, porque aquele batalhão estava sendo os braços de Jesus para acolher aquelas pessoas”, conta Kleuser.
Essa é a sexta missão do cardiologista, que já se programa para mais uma atividade semelhante. “Essas pessoas precisam ser acolhidas, recebidas e, muitas vezes, consoladas até mesmo espiritualmente”, pontua o médico.
Embora a ADRA conte com parcerias importantes, esses projetos sociais precisam de doações mensais para atingir seus objetivos. Para ser um colaborador, acesse https://adra.org.br/.
Sobre a ADRA
A ADRA opera em mais de 118 países. No território brasileiro mantém 132 projetos na área de desenvolvimento. Sempre que surge uma emergência, a agência atua junto aos parceiros. Arrecada e distribui alimentos, roupas, água e colchões e disponibiliza a Carreta Solidária para atender locais mais necessitados, levando refeições quentes e lavagem e secagem de roupas.
Esses projetos funcionam com foco em nove áreas: resposta a emergências e recuperação pós-crise, promoção da educação, promoção de ações de segurança alimentar e redução da fome, atendimento e promoção de saúde comunitária, abastecimento de água, saneamento e higiene (WASH), geração de emprego e renda, valorização da mulher e assistência a menores de idade em situação de vulnerabilidade.
Para saber mais acesse: https://adra.org.br/.