Projeto da ADRA oferece apoio e estrutura a migrantes

Casa de Passagem Esperança já atendeu mais de 400 pessoas

Emocionalmente vulneráveis. É assim que muitos migrantes chegam ao Brasil após uma jornada de mudança de país, muitas vezes, desafiadora. A fim de atenuar essa realidade, a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais, ADRA, em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, mantém um projeto que oferece casa de apoio psicossocial em Porto Velho, capital rondoniense.

O projeto “Casa Esperança” tem capacidade para receber 40 migrantes de várias nacionalidades. Por lá já passaram cubanos, haitianos, argentinos, bolivianos e peruanos. A estrutura possui quartos, banheiros, cozinha e área para atividades.

Os migrantes acolhidos recebem refeições diariamente e têm suporte da equipe técnica para a regularização dos documentos, inserção no mercado de trabalho ou interiorização. Os atendimentos são realizados por 20 colaboradores. Aos finais de semana, voluntários ajudam no preparo dos alimentos. Mensalmente são fornecidas mais de cinco mil refeições.

O coordenador do projeto, Rivailton Ribeiro, explica que a casa busca desenvolver autonomia entre os migrantes, para que se desenvolvam e sigam com os objetivos de melhoria de vida.

Os migrantes podem permanecer durante o tempo necessário para que sejam inseridos no mercado de trabalho ou passem pelo processo de interiorização. Até hoje, mais de 400 pessoas já foram atendidas.

Aula de musicoterapia faz parte das atividades dos migrantes. (Imagem: Arquivo ADRA | Rondônia).

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OPORTUNIDADE

Orlando (nome fictício) tem 41 anos e é cozinheiro profissional. Devido às dificuldades que enfrentou na Venezuela, escolheu deixar o país para tentar uma vida melhor no Brasil. “Não foi uma decisão fácil. Só viemos minha esposa e eu. Passamos dificuldades durante o trajeto, mas em cada lugar que passávamos éramos bem-recebidos”, destaca.

Na Venezuela ficaram os filhos, que finalizam o ensino médio, familiares e a casa que o casal batalhou para construir. Já no Brasil, eles foram acolhidos pela Casa Esperança. “A casa nos ajuda desde o primeiro dia que chegamos. Fomos recebidos com boas-vindas e sorrisos. Sempre estão conversando com a gente, apoiando e nos incentivando a não desistir. Cada dia aqui, posso ver que serei capaz”, afirma Orlando.

A história da família se repete na vida de milhares de pessoas que precisam deixar seus países de origem em busca de uma vida melhor. E foi para ajudar nessa transformação que, em abril de 2022, a Casa de Passagem Esperança foi inaugurada.

Em Rondônia, a ADRA impacta de maneira prática a vida de centenas de pessoas por meio de projetos socioassistenciais. Tais projetos atuam em várias frentes, como saúde, educação, desenvolvimento humano, erradicação da pobreza, resposta a emergências, entre outros.

O Estado possui dois Núcleos de Desenvolvimento nos municípios de Porto Velho e Ji-Paraná, que dão todo o suporte para que os mais variados recursos cheguem a quem necessita. A Casa de Passagem Esperança se tornou referência de acolhimento integral a migrantes na capital de Rondônia.

Segundo o diretor da ADRA Roraima, João Paulo Dias, o projeto ganha destaque pela dedicação, comprometimento e amor dos colaboradores da ADRA em oferecer sempre o melhor para os que passam por ali. “Muitas vidas estão sendo transformadas pelos serviços oferecidos na Casa. Assim, todos os acolhidos seguem suas vidas após a permanência no projeto, com mais esperança e dignidade”, expressa o líder.

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