A Ceia Solidária de Natal que aconteceu no último dia 15 de dezembro, atendeu cerca de 150 pessoas em situação de rua. A ação é parte do cronograma da ADRA Bahia através das Unidades de Acolhimento Institucional – UAI. A noite de acolhimento aconteceu no Instituto Central de Educação Isaías Alves (ICEIA), no bairro Barbalho em Salvador, Bahia.
A iniciativa tem como objetivo não só saciar a fome daqueles que por muitas vezes não tem o que comer, mas também reforçar a responsabilidade de uma sociedade mais justa e igualitária a todos. Outro ponto importante que a coordenadora reforça é o fato de proporcionar conforto aos assistidos que não têm uma casa para junto à família comemorar o Natal, além de celebrar com aqueles que convivem nos abrigos.
Além do jantar, os acolhidos foram beneficiados com uma linda cantata de Natal apresentada pelo coral Life Jovem, e a apresentação do motoclube da AMM – Ministério de Motocicletas Adventistas.
Gisele Gonçalves é uma das acolhidas da unidade ADRA Barbalho 2. Ela conta que participou pela primeira vez da Ceia Solidária de Natal. Longe dos parentes ela relembra a importância dessa ação. “Esse é um momento de confraternização e de união, na rua sofrendo as diversas dificuldades a gente não vive essa realidade. A ADRA por meio dos seus colaboradores e voluntários proporcionam para nós no final de um ciclo, de um ano, essa oportunidade de reunirmos, e é aí que nos sentimos valorizado. É como se a gente fosse família mesmo, eles nos tratam bem, nos respeitam e nos ouvem com nossos problemas. Ver toda essa decoração, todo mundo arrumadinho, sabe, isso faz a gente se sentir gente. Deus abençoe a todos que estão envolvidos nesse trabalho, só tenho a agradecer”, comentou.
Argentino, longe da família e de seu país a 8 anos, Santos Bordon se encontra desde agosto na unidade de acolhimento da ADRA Barbalho 1. Além da experiência de participar da ceia, ele conta que a UAI está ajudando a regularizar sua documentação aqui no Brasil. “Levando em conta que eu tenho toda a minha família muito longe daqui esse é um jeito de não me sentir sozinho, de sentir que sou acolhido. Tudo aqui está lindo e foi preparado com carinho, a gente fica com os outros assistidos e conversamos, trocamos ideias, isso é uma coisa muito boa” reforçou.
Santos comenta ainda que a valorização que a ADRA traz de ter com quem compartilhar os momentos, é algo que significa muito para ele. “Eu poderia tranquilamente ficar sozinho agora, mas estou rodeado de pessoas boas. E no meu caso saí cedo da unidade para ajudar a montar tudo isso aqui. Para mim foi uma experiência nova e marcante”, disse.
Confira fotos da ação: