ADRA Bahia já atendeu mais de 300 refugiados venezuelanos em Salvador

O projeto que acolheu mais de 80 famílias de refugiados venezuelanos no estado da Bahia, trouxe para as famílias uma nova perspectiva de vida.

Alocação de 44 venezuelanos na casa de passagem da ADRA Regional Bahia. (Foto: Divulgação)

Desde 2017 que segundo a ONU, a Venezuela é o quarto país com maio número de pedido de refugiados, com isso devido a aproximação geográfica do Brasil, muitos desses refugiados acabam vindo parar no país. O governo e o exército brasileiro ampararam um grande número de refugiados que em sua maior parte se concentraram no estado de Roraima.

 

Em junho de 2019 a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), em parceria realizada com a agência norte-americana para assuntos humanitários internacionais, a USAID/OFDA, implementou o projeto SWAN (sigla em inglês para “alojamento, água, saneamento, higiene e assistência não-alimentar para imigrantes venezuelanos no Brasil”). Para auxiliar na distribuição desses refugiados, a ADRA Regional Bahia trouxe para capital baiana, Salvador, cerca de mais de 80 famílias com oportunidades de emprego para reconstruírem suas vidas.

O pastor Paulo Lopes diretor da ADRA para América do Sul afirmou que o papel da ADRA em Salvador no acolhimento destes estrangeiros, foi fundamental. “O Projeto Swann é um projeto muito interessante porque trabalhamos junto com  apoio financeiro do governo americano para realizar um projeto de interiorização, que é trazer famílias venezuelanas que estavam concentradas no estado de Roraima para diversas capitais do Brasil, inclusive Salvador onde tivemos dezenas de famílias que foram recebidas, e com o apoio da ADRA que além de prover o aluguel treinou, capacitou e colocou essas pessoas em diversas empresas para trabalhar e ter o sustento da sua família. O trabalho que foi realizado aqui, é um grande apoio com resultados muito positivos que se soma a ajuda que a ADRA tem levado a mais de 800 mil venezuelanos dentro do território da américa do sul nesses últimos dois anos” disse.

Projetos como esse apresentam diversas dificuldades que precisam ser trabalhadas para amenizar o sofrimento das famílias, é o que afirma a Edilaura Mota, que coordena e supervisona os projetos da ADRA na Bahia. Segundo Mota, as políticas públicas nem sempre atendem a todas as demandas existentes, e o trabalho desempenhado da assistência social é bastante relevante “Você encontrar uma pessoa sem nenhuma perspectiva de vida, sem autonomia e desacreditada, sem acesso a informação, e após um encontro com ela, ser mediador, trazer a ela uma luz no final do túnel e ver essa vida transformada e renovada, é extremamente gratificante. Elas passam de fato a viver a cidadania de forma integral”, afirmou.

O papel da assistência social para acolhimento

Edilaura coordenou durante meses o Projeto Swann, que ajudou venezuelanos recém chegados ao Brasil sem nenhum tipo de recurso ou condição. “A experiência de fazer parte deste projeto que interiorizou mais de 87 famílias, somando cerca de 327 pessoas,  revelou diversos desafios, uma das maiores dificuldades desse projeto foi o fato de que as famílias eram bastante numerosas, e para interioriza-los teríamos que fazer através do emprego, então muitas vezes o salário não correspondia ao número de pessoas na família. Portanto, para ajudar essas pessoas o nosso trabalho ia muito mais além de conseguir um emprego. O foco não era somente interiorizar, mas fazer isso com qualidade, a partir de então eram avaliadas várias questões e selecionávamos as possíveis famílias.” relatou.

Equipe da ADRA Regional Bahia recebendo alguns refugiados (Foto: Divulgação)

Segundo relata Edilaura, mais de 15 famílias venezuelanas optaram por trabalhar em um turno e no outro começar seu próprio negócio. “Foram várias histórias de superação! Alguns deles começaram a trabalhar no ramo da alimentação abrindo empresas de fast food (hamburgueria), fornecendo refeições rápidas, tapeçaria em produtos de couro, e entre outros. O venezuelano tem um potencial incrível para o trabalho, posso dizer que 20% das famílias que vieram pra cá conseguiram alavancar seu próprio negócio, eles usam todo e qualquer minuto da vida deles para ganhar algum recurso financeiro, é uma visão empreendedora muito boa” comentou.

O Projeto Swan encerrou agora no mês de setembro, e para Luiz Fernando Ferreira diretor regional da ADRA para o Estado da Bahia os resultados obtidos foram satisfatórios.  “O projeto respondeu a várias indagações de pessoas que ligaram constantemente para ADRA, para saber o que a Igreja Adventista e a ADRA iam fazer para ajudar os refugiados venezuelanos. O projeto veio para mostrar aos nossos doadores e para a sociedade que como instituição humanitária estamos atentos a todas essas situações. Os venezuelanos foram trazidos para a região da Bahia, e tivemos uma equipe grande que trabalhou de forma competente para trazer bons resultados aos refugiados. Nossa maior preocupação era dar estabilidade financeira a cada família, através de um emprego que suprisse as necessidades deles, e Deus abriu as portas e conseguimos um parceiro que concedeu 140 vagas de empregos. Todos foram bem acolhidos e bem assistidos pela ADRA.” afirmou.

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