Luiz em sua performance no Festival de Circo do CaJun em abril, deste ano. Foto: Louise Gripp
Após participar de um processo seletivo, o Educador Social do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Crianças e Adolescentes de Vitória (CaJun), Luiz Henrique Souza Amorim, de 24 anos, foi selecionado para fazer parte da maior companhia de circo do mundo.
De educando a educador, Luiz Henrique conheceu a arte circense aos sete anos de idade quando participou do CaJun de Santo André. Por levar essa paixão que conheceu dentro do serviço quando criança, hoje tornou um profissional da área. “Eu tenho um orgulho muito forte de ser resultado deste efeito multiplicador que o CaJun traz, e ser um dos profissionais que esteve dentro do serviço que se passou como educando um dia. Isso não teria acontecido se não fosse os educadores da época”, relembra Luiz Henrique.
Como resultado de seu esforço e dedicação, terá a oportunidade de realizar uma das grandes capacitações que um artista circense pode ter. No final deste mês ele irá para o Acro Clube de Maia, em Portugal, estudar no Cirque du Soleil pelo período de dois anos, onde escolherá a especialização entre manipulação, equilíbrio ou aéreo, sendo estes o que ele mais se destaca em sua performance.
Foto: Louise Gripp
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Crianças e Adolescentes é uma cogestão da prefeitura de Vitória em parceria com a ADRA, que atende crianças e adolescentes de 6 a 15 anos de idade com atividades socioeducativas por meio de oficinas culturais e esportiva, com objetivo de minimizar a vulnerabilidade social. Um dos lugares mais diferenciados em que já trabalhou, Luiz relata porque o CaJun é especial para ele: “O modelo de trabalho do CaJun é diferente de outros locais que trabalhei, pois se encaixa perfeitamente na visão de circo social. O que encontrei de especial foi a forma de lidar com a crianças e adolescentes. Todos os dias o profissional é confrontado a trazer algo novo e atrativo para ser usado como meio de transformação na vida daqueles jovens”.
Colaboradores da ADRA se despedem com orgulho de Luiz.
Por ter uma grande admiração pelo projeto, os planos de Luiz ao retornar de Portugal incluirá voltar a dar aula no lugar em que mais admira: “Pretendo voltar para o CaJun. Chegará um momento que eu não estarei mais trabalhando com performance, e poderei voltar a dar aula com mais bagagem e com a experiência de toda área pedagógica do circo com uma companhia grande”.
“Sinto-me feliz em estar neste momento da vida do educador Luiz esperamos como instituição que ele tenha muito aprendizado e sucesso em seu novo desafio”, afirmou a coordenadora gerencial do Serviço de Convivência para Crianças e Adolescentes e funcionária da ADRA, Juliana Bragança.
Chrissye Bettoni
