ADRA distribui itens gratuitos de higiene íntima a mulheres

Em parceria com empresas do ramo, projeto Connect Brasil auxilia mulheres em situação de vulnerabilidade

Nesta quarta-feira, 8 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher, data que visa celebrar a luta feminina por igualdade de direitos. No entanto, mesmo em pleno século 21, ainda há muito a ser realizado para garantir a dignidade das mulheres em diversos aspectos, inclusive no que diz respeito aos cuidados menstruais.

De acordo com o estudo “Pobreza Menstrual no Brasil”, realizado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), mais de quatro milhões de meninas brasileiras não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas. Além disso, há 713 mil mulheres em todo o país que vivem sem acesso a banheiro e/ou chuveiro em casa. Esses dados revelam as dificuldades enfrentadas pelas mulheres brasileiras durante o ciclo menstrual, que vão desde problemas financeiros até problemas escolares e psicológicos.

Diante do alarmante cenário de pobreza menstrual no Brasil, é importante destacar a iniciativa da empresa P&G, em parceria com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais, ADRA, do Rio Grande do Sul, para ajudar mulheres migrantes em situação de vulnerabilidade na região de Porto Alegre. O projeto começou em janeiro deste ano e se estenderá até agosto, a fim de fornecer doações de produtos de higiene menstrual para mais de 200 mulheres. Além disso, outras marcas se juntaram à causa, como a Always e a Fundação Amor Horizontal, com o apoio das Farmácias PanVel.

As beneficiárias se inscreveram no projeto no início de 2023 por meio de uma das ações para migrantes já existentes na ADRA Rio Grande do Sul, o Connect Brasil. O projeto “Ajudando Mulheres Migrantes a Se Reencontrar” foi um dos selecionados pela P&G para trabalhar a temática da pobreza menstrual no Brasil. A agência humanitária adventista recebeu uma doação de 100 mil absorventes que serão entregues às participantes mensalmente. Ao total, foram 253 mulheres inscritas, com idades que variam entre 13 e 60 anos.

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Saúde da mulher

Além dos absorventes que as mulheres cadastradas recebem, existem orientações sobre a saúde feminina que ocorrem por meio de palestras em encontros mensais e acompanhamento do projeto Connect Brasil, que quer inseri-las no mercado de trabalho.

Tânia Cendofanti é coordenadora da ADRA no Rio Grande do Sul e está à frente do projeto para lutar contra a pobreza menstrual e os resultados disso na sociedade. “Nos eventos estamos trabalhando não só a pobreza menstrual, mas também o empoderamento da mulher, a prevenção da violência doméstica e como conseguir um emprego. Também divulgamos cursos profissionalizantes e de língua portuguesa”, relata.

Os primeiros encontros aconteceram em janeiro e fevereiro. A ADRA levou todas as mulheres gratuitamente até o local da reunião. Durante os encontros, ouviram palestras sobre a saúde íntima feminina, inteligência emocional e autoestima. As palestras foram conduzidas por médicas, enfermeiras e psicólogas na língua materna das participantes. “Eu sou muito grata pelo projeto e por ter participado. Estou gostando demais”, afirma Zulay, uma das participantes.

A ação também atua em parceria com o Serviço Social do Comércio (SESC) Saúde. As beneficiárias poderão passar por exames médicos para que obtenham acesso mais facilitado à saúde. Todo o processo é acompanhado de perto pela ADRA.

“Outro objetivo do projeto é que durante esse período de oito meses em que essas mulheres são acompanhadas, consigamos encaminhá-las para processos seletivos de empregos”, explica Daniel Fritolli, diretor da ADRA para o Rio Grande do Sul. Desde o início do projeto, cinco mulheres já conseguiram entrar no mercado de trabalho.

A ADRA

A ADRA é a agência humanitária da Igreja Adventista do Sétimo Dia e está presente em mais de 107 países. No Brasil, está organizada em 18 regionais que atendem todos os Estados. O trabalho da organização é promover desenvolvimento e alívio pontual a pessoas em situação de vulnerabilidade, priorizando nove grandes áreas de atuação: gestão de abrigos e casas de passagem, resposta a emergências e recuperação pós-crise, promoção da educação, promoção de ações de segurança alimentar e redução da fome, atendimento e promoção de saúde comunitária e abastecimento de água, saneamento e higiene (WASH).

No Rio Grande do Sul, um dos maiores projetos desenvolvidos pela ADRA é o Connect Brasil, que auxilia migrantes oferecendo estrutura e apoio a eles por meio de ajuda em processos seletivos para empregos e cursos profissionalizantes. As famílias também recebem amparo com alimentos, roupas, aluguel de imóveis e mobília.

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